O País onde se pode fazer tudo
Era uma vez um país muito curioso onde as crianças podiam fazer tudo o que habitualmente não lhes é permitido.
De manhã levantavam-se tarde e não tinham de se despachar para irem para a escola. Tomavam o pequeno-almoço com toda a calma. Punham imenso açúcar no leite e comiam o doce à colher em vez de o espalharem no pão. A seguir sujavam-se todas, despenteavam-se e não apertavam os casacos, mesmo quando estava frio!
Na rua, não davam os bons-dias à professora e não sentavam nos lugares. Claro que também não davam atenção e durante o recreio andavam todos aos pontapés.
Atacavam os mais pequenos e faziam chichi nas árvores do pátio, pois só iam às casas de banho para brincar com a água.
Quando a professora os chamava, não iam. À hora da saída iam-se embora sozinhos sem esperar pelas mães e depois iam comprar montes de bolos e de rebuçados.
Chegados a casa, iam sujar as mãos antes de comer, não comiam a sopa, saíam da mesa antes da sobremesa e não arrumavam o quarto: gostavam mais de ver televisão até à meia-noite!
Quando finalmente se iam deitar, sem lavar os dentes, amarrotavam, as roupas em vez de as dobrar e faziam chichi na cama de propósito.
E vocês, gostam deste país?
In “Pequenas Histórias para Contar, Rir e Inventar” de Sylvie Ramón;
Biblioteca do Educador de Infância; Papa - Letras
2 comentários:
Não, não gostava nada deste país, mas gostei da história... acaba assim mesmo?
Que pena!
Parece o mundo que alguns dos pais dos nossos meninos querem criar para o futuro, não achas?
Ao fazer as vontades todas aos meninos, parece que vamos acabar assim
Parabéns e boas férias...
É verdade...acaba assim, porque o objectivo da história é pôr as crianças a reflectirem e a arranjarem uma nova versão da história.O livro tem, depois uma ficha sobre a história, com questões, etc...
Sim, concordo contigo...infelizmente alguns pais são demasiado permissivos.bjokinhas e boas férias para ti tb!
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