domingo, 2 de agosto de 2009

Boas Férias!


Desejo-vos umas férias excelentes!
O blog fica em modo PAUSE...durante algum tempo...
Em Setembro regressarei ao contexto: CRECHE...e terei muitas novidades para partilhar...
Obrigada pelo vosso carinho, comentários e visitinhas...

Um grande xi-coração

Dreamlu

Fantoches

O teatro de fantoches apresenta valores sociais, lingüísticos e literários.
Contribui para desenvolver na criança a imaginação criadora, o pensamento crítico, a linguagem em todos os seus aspectos, o enriquecimento de experiências, o senso de responsabilidade.
Muito aconselháveis para desenvolver crianças tímidas e inibidas, os fantoches concorrem para a socialização, o relaxamento de tensões emocionais e a formação de atitudes positivas.
Escondidas atrás de um palco, as crianças manobram bonecos, confeccionados muitas vezes por elas próprias, e com os quais se identificam inteiramente.
O teatro é um dos melhores meios de que dispomos para ajudar a criança a integrar-se ao seu ambiente. Isto porque lhe oferece oportunidade, através de experiências concretas, de ampliar seu poder de observação e enriquecer sua capacidade de expressão.
Toda criança, livre de inibições, pode chegar, com êxito, ao aproveitamento máximo de sua capacidade criadora.
Quer sejam apresentados por professores, mães, crianças ou outros elementos da comunidade, os fantoches se prestam aos mais variados objetivos e constituem fonte inesgotável de entretenimento e prazer seja na escola, no lar, ou em qualquer outro local.
São meios preciosos de ampliar o horizonte das crianças e aumentar o seu conhecimento em relação ao mundo que as cerca.
Mas é necessário saber confeccionar e manipular os fantoches, para que deles se alcance retirar tudo o que podem dar à educação. Um dos principais elementos a ser alcançado O poder de imaginação, que, tirando a criança do seu ambiente, lhe permite viver, por alguns momentos no mundo mágico do faz-de-conta: ela imagina, recria e interpreta histórias, fatos e situações.
O teatro de fantoches gera uma série de atividades atraentes que podem e devem dar prazer tanto a quem trabalha por detrás do palco como a quem assiste.
Os fantoches de "papier maché" ou "massa de jornal", além de fáceis de fazer, são os que mais agradam às crianças, pela semelhança que apresentam com personagens da vida real e pela maior possibilidade de movimentação que ensejam. O seu manejo é muito fácil: basta que o operador introduza a mão nas costas do boneco e coloque os seus dedos dentro da cabeça e dos braços.

"Para a criança, brincar e viver é a mesma coisa. Cantar, dançar, pintar e as demais atividades artísticas também são para ela sinônimos de vida. A criança é um ser criador – e só o deixa de ser por imposição dos adultos. Só há infância feliz quando se assegura à criança o seu direito inalienável de exprimir-se livremente. De através da arte, encontrar-se a si mesma, de identificar-se com o mundo que a cerca e de afirmar-se como ser livre e criador".

Palcos:

A falta de um palco, muitas vezes pode constituir um obstáculo para não se trabalhar com fantoches em certos locais como: ao ar livre, em casa, na sala de aula. Entretanto,facilmente, podemos improvisá-los.

Ao ar livre : Estende-se um lençol entre duas arvores ou entre duas estacas.

Em casa: Pode-se aproveitar um vão de porta, janela e ainda o vão de uma escada, fundo de um corredor ou um ângulo do quintal.

Na sala de aula : Sobre a mesa da professora (que é maior) , colocam-se duas carteiras . A boca-de-Cena sera formada pelo encontro das pernas das mesas dos alunos. Confeccione-se a cortina com papel crepom que será presa com tachinhas às pernas da cadeira. Coloca-se o cenário nas pernas das carteiras opostas ás que prendemos as cortinas.

Palco fixos: Aproveitam-se caixas de papelão ou caixotes de tamanho regular. Abre-se um retângulo de aproximadamente 80 cm por 50 cm . Essa abertura será a boca de cena, onde os bonecos aparecerão.

Efeitos especiais

São efeitos especiais tudo aquilo que concorre para melhor brilho, o melhor desempenho de uma dramatização. São eles: iluminação, sonoplastia (ruídos, sons). Iluminação:

A iluminação salienta pequenos detalhes, tornando a cena mais atraente e real.

Nos palcos portáteis, de modo geral, é suficiente uma só lâmpada Colocada na parte de dentro da abertura de cena. Uma lanterna também pode ajudar.

Sugestões para efeitos de luz:

Trovoada: palco escuro com foco de luz que se acende e apaga acompanhado de ruído característico.

Manhã de sol: luz forte, com papel celofane amarelo.

Entardecer luz forte, com papel celofane vermelho.

Aparecimento de rainha ou fada: fazer incidir sobre os bonecos luz intensa.

Bruxas e feitiçarias: colocar luz esverdeada sobre a ce­na.

Sonoplastia (ruídos, sons):

É inegável que qualquer representação alcançará maior êxito, maior autenticidade , se for acompanhada de ruídos e sons, conforme os movimentos da cena. Exemplos: o cantar dos pássaros - o ruído de patas de animais – roncos - o vento - trovões.

Instrumentos mais empregados: Tambor - reco-recos - marimbas - triângulos – violão - piano etc.

Discos podem ser usados, mas não produzem o mes­mo efeito

História ou peça a ser representada

Requisitos indispensáveis de uma história para fantoches: ação rápida - diálogos curtos - poucas personagens em cena.

No teatro de fantoches só é permitido viver uma história, portanto, nenhuma ação deve ser narrada.

Muitas histórias infantis podem ser adaptadas ao teatro de fantoches e simplificadas de acordo com o auditório.

Com facilidade, até as próprias crianças podem adap­tá-las ou inventar histórias, improvisando diálogos e como improvisam, bem!... Pois, "para a criança, brincar e viver é a mesma coisa." É útil ouvir discos da história escolhida para aperfeiçoar a entonação da fala.

É interessante criar uma personagem que sempre apareça em todos os espetáculos, sendo ela a que anuncia as peças, conversa com as crianças, chama atenção da pla­téia, pede silêncio etc.

Bibliografia consultada

BLOIS, Marlene Montezi e BARROS, Maria Alice Ferreira. Teatro de Fantoches na Escola Dinâmica. Ao Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro 1967.

MACHADO, Maria Clara. Como Fazer Teatrinho de Boneco, Ed. Agir, Rio de Janeiro, 1970.


Retirado daqui