quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Piolhos » Comichão imparável...




Motivo de embaraço pessoal, as infestações por piolhos podem parecer inofensivas quando comparadas com um cancro, por exemplo. Mas não é assim tão simples... De facto, são responsáveis por um enorme desconforto e incómodo, podem provocar insónias e a disseminação é rápida e imperdoável.

Os piolhos são parasitas exclusivos do homem deveras conhecidos por viverem, especialmente, em cabeças cujas condições de higiene são um tanto ou quanto duvidosas. Daí que haja muitas vezes um certo embaraço em admitir que se tem piolhos.

Todavia, os piolhos não «atacam» apenas os que se descuidam com a limpeza diária. O simples facto de passarem de cabeça em cabeça (não saltam!) e não adiantar de nada tentar apanhá-los, facilita a sua propagação. Esta acontece com mais frequência e facilidade entre as crianças, nas escolas primárias e jardins de infância. Afinal, é inevitável que os mais pequenos brinquem e encostem a cabeça uns aos outros.

Desconfia-se que a criança possui piolhos quando começa a ter uma comichão acentuada na cabeça. Numa fase inicial, os piolhos instalam-se na zona da nuca e perto do pescoço, causando pequenas feridas. Rapidamente, reproduzem-se e ocupam a cabeça inteira. As fêmeas vivem, em média, 40 dias e põem dez ovos por dia. Vulgarmente conhecidos como lêndeas, estes ovos crescem e alcançam o estado de piolho numa única semana.

Os piolhos têm uma cor castanha acizentada e podem mudar de cor. Além disso, fogem no momento em que são expostos à luz, quando se separa o cabelo. Por isso, pode ser difícil confirmar a existência de piolhos, em especial, se são poucos. Já as lêndeas são mais visíveis, pois, estão coladas ao couro cabeludo, metidas numa espécie de concha, podendo ser detectadas assim que se separa o cabelo.



O fim da propagação Actualmente, existe um arsenal terapêutico que acaba com os piolhos, mas há poucas maneiras de evitar a disseminação.

Melhorar as condições de higiene e evitar que a criança afectada brinque com os seus colegas são duas formas que travam o contágio. Uma é fácil, mas a outra é quase impossível, pois, os miúdos têm hábitos gregários e adoram brincar!

Entretanto, para erradicar o problema, nada como consultar um especialista. Só este saberá quais as melhores loções e insecticidas a aplicar. De salientar que estes produtos são tóxicos e devem ser aplicados com extremo cuidado.

Além de tratar a criança, os pais devem descobrir a origem do contágio, por forma a tentar acabar com a disseminação. Até porque pode dar-se o caso de a criança fazer o tratamento e, pouco tempo depois, sentir nova comichão.

Piolhos com preferências
Existem inúmeros parasitas que se alimentam de sangue alheio, desde os mosquitos até aos insectos totalmente parasitas, como os piolhos. As pulgas, por exemplo, são seres intermédios aos mosquitos e piolhos. Porém, todos eles têm em comum o facto de possuírem uma boca adaptada que permite perfurar a pele, retirar o sangue e, claro, alimentarem-se até à saciedade.

Estão descritas aproximadamente 200 espécies de piolhos. São, pois, parasitas exclusivos da raça humana o piolho da cabeça, o piolho do corpo e o piolho da púbis.

Curiosamente, os piolhos têm preferências... É verdade, existem piolhos característicos da raça negra e outros que «preferem» a raça branca. Não que sejam racistas, mas porque têm de se agarrar aos cabelos para parasitarem. Por exemplo, os piolhos que incomodam os negros estão munidos de garras que se adaptam à forma oval do cabelo encaracolado. Já o cabelo liso, da raça caucasiana, é cilíndrico, pelo que os piolhos têm garras específicas que aderem a este cabelo.

Como resultado, em África, os brancos são menos afectados por estes parasitas e nos países onde predominam as raças brancas os negros são importunados com menos frequência.


Retirado Daqui




Um Relato de Paula Lapa...

Piolhos, essa praga

Por Paula Almeida Lapa em Divulgação |

Estou convencida que há um Antes-dos-Piolhos e um Depois-dos-Piolhos para cada pai que já tenha recebido a visita desses horrendos parasitas lá em casa.

Nornalmente, é através dos convívios infantis nas escolinhas que os bicharocos têm a oportunidade de conhecer novos e sucolentos couros cabeludos.

E quando assim é, devo dizer, considerem-se abençoados. Identificando o grupo que esteve mais exposto, zunga!, mais depressa a coisa é controlável.

O pior, meus caros leitores, é quando não se sabe de-onde-raio-aparecem-os-sacanas-?!

A primeira vez que vi as criaturas na minha filha mais velha, tinham começado a escola há apenas dois dias. O suficiente, eu sei, mas mais ninguém no infantário apareceu com o mesmo problema. Dessa mesma vez, também eu tinha a cabeça povoada. Sim, é horrível - tratar de uma cabeça piolhosa tendo a própria cabeça piolhenta. As únicas pessoas que soube estarem na mesma situação foram os primos com quem tínhamos estado 3 (três!) semanas antes.

A segunda vez que vi as criaturas mais novas (as lêndeas) na minha filha mais velha, foi porque resolvi espiolhar (mesmo!) depois de eu própia sentir umas suspeitas comichões. Ora, não só a miúda não ía à escola há uma semana inteira, como só eu estava com elas em casa há apenas dois dias! Depois de verificar, era eu que estava com a cabeça povoada, mais do que ela. Uns seres minúsculos, é certo, mas em franca actividade.

Qualquer literatura sobre piolhos começa por sossegar os mais surpresos: acontece a qualquer pessoa, seja de que estrato social for, seja moreno ou louro, na verdade, os bichos gostam é de cabeças lavadinhas. Pois, talvez seja. Mas porque será que não fico nadica sossegada ao ler estas coisas?! Porque ter parasitas na cabeça É um nojo e nada mais.

Portanto, enquanto esta semana me dedico a limpezas profundas cá em casa (sem fazer a mais pequena ideia se alguma vez descobrirei de onde vêm estes piolhos), mais por uma espécie de reflexo paranóico que me faz ver agora qualquer porcariazinha que se me atrevesse no caminho, vou passar a enumerar algumas das minhas recomendações (e das que fui recolhendo) sobre essa tarefa que é a desinfestação capilar necessária nestes casos.

(claro, o crédito não é grande, dado que parece que tenho o problema ainda nas mãos… er… cabelos! mas, enfim.)

Antes de mais, uma dica de uma amiga: depois da lavagem normal, pôr vinagre de cidra pelo menos uma vez por semana. À partida, isto fará com que qualquer bicharoco fique meio zonzo e não consiga agarrar-se tempo suficiente para criar família.

Quando se está numa fase má (piolhos e lêndeas à vista), é preciso aplicar um dos produtos que se vendem na farmácia. Pelo que percebi, todos são de aplicação semanal. O que é um desespero: só nos apetece atirar com insecticida para a cabeça de 3 em 3 horas, e eles mandam-nos esperar 7 dias!?

Porque da primeira vez os bichos foram muito persistentes, experimentei 3 marcas diferentes! O Paranix é muito chato de aplicar - é um spray que não “spreia” bem, o líquido escorre pela embalagem e pelos dedos… O actual Quitoso é em espuma - muito mais fácil de aplicar, mas não me pareceu muito eficiente para a fase em que estávamos: eliminar lêndeas, essencialmente. O Stop Piolhos (não descobri site) é uma loção que parece quase como os óleos para os bebés pequeninos - espalha-se muito bem. Além disso, outra vantagem do Stop Piolhos, pode aplicar-se antes de deitar e só lavar no dia seguinte - aliás, a auto-promoção que fazem é mesmo essa: para um resultado eficaz, é isso que se deve fazer. Foi com este produto que senti que a coisa estava realmente a resultar.

A par desta aplicação, descobre-se todo um novo sentido para a expressão “passar a pente fino”! É necessário ter um pente de dentes metálicos (atenção que alguns dos produtos oferecem um), com o qual vamos escovar com muito cuidado, madeixa a madeixa, TODOS os cabelos da criança (ou do próprio)… Se tudo estiver a correr bem, por cada escovadela com esse pente vamos fazer um novo esgar de horror e nojo. Bichitos e lêndeas vão ficando nos dentes metálicos.

(preparem-se para a impaciência dos miúdos, para alguns gritos de AI-ISSO-DÓI, para porem o pé na porta do quarto-de-banho evitando as fugas)

Numa das últimas idas à farmácia ainda trouxe o shampô Tiox. É feito, precisamente, à base de um vinagre qualquer e autodenomina-se “preventivo”. Não sei se é, mas pareceu-me que ajudou a soltar todos os restinhos cadáveres e minúsculos depois da aplicação do primeiro produto. Ou então, pelo menos, sossega-nos a mente continuarmos a pôr numa base diária qualquer coisinha que diga que ajuda… (ah, no link da Tiox vê-se também o pente da mesma marca - parece ser bestial, mas eu já tinha dois oferecidos e demasiado dinheiro gasto…)

E é isto.

Isto e muitas máquinas de roupa cheias de lençóis, fronhas, toalhas, mantinhas e até alguns peluches. Isto e muitas aspiradelas nos sofás, arejamentos de hora a hora e tapetes sacudidos.

Isto e os cabelos mais sedosos e lustrosos e limpos e desenriçados de todo o mundo!

(ena, uma coisa boa!! :D )


Daqui

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