quarta-feira, 13 de junho de 2007



A Criança Difícil

Adaptação do Capítulo 16 do Livro “A Ética na Educação Infantil”.

As crianças pequenas ainda não construíram um sistema próprio e estável de sentimentos, interesses, valores e reações sociais. É normal que elas tenham dificuldades sociais provenientes de sua incapacidade para assumir a perspectiva de outros e para pensar além da superfície observável dos eventos.

Os professores e pais coercivos podem criar uma criança difícil ao frustrar sua necessidade de ser ativa.

Criança difícil é aquela que coloca repetidamente em perigo a si mesma ou a outros ou que perturba regularmente as atividades de outros por um comportamento descuidado ou agressivo. O resultado em sala de aula são confrontações diárias, colegas aborrecidos e freqüentes interrupções nas atividades planejadas.

Rejeição e desaprovação=sentimento de inferioridade e má-vontade para com os outros.

Poucos momentos para compartilhar experiências positivas com os outros= pouca base para vínculo com professor e colegas




DIRETRIZES PARA LIDAR COM A CRIANÇA DIFÍCIL

  1. Respeitar, valorizar e acreditar na criança, superando a reação de rejeição do grupo.
  2. Reconhecer a necessidade subjacente de formar conexões e vínculos com outros e sua capacidade potencial para superar problemas.
  3. Quando a criança testar os limites do professor as respostas devem ser assertivas, pois ela é capaz de sentir qualquer sinal de hesitação.
  4. Não reagir com rejeição ou deixar de aprovar, negando os conflitos emocionais da criança, pois fortalecerá mais ainda o sistema de crenças da criança difícil.
  5. Não duvidar da capacidade da criança de resolver seus conflitos e cooperar com os outros, pois com esta dúvida ela se conscientizará de sua inadequação.
  6. Comunicar respeito, aprovação e fé na criança, reconhecendo seus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
  7. Aceitar o que ela diz, sente e faz escutar e responder.
  8. Prestar atenção na criança. Reconhecer com contato ocular direto ou com um simples gesto de cabeça, ou um “sim” ou “entendo”...
  9. Usar a “escuta reflexiva”, repetindo o que a criança disse, tentando entender seus pensamentos e sentimentos, sem julgamentos ou críticas. Isto não quer dizer concordar com o que foi dito.
  10. Marcar encontros com a criança para expressar seus sentimentos, mostrando seu carinho e sua preocupação.


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