Cores
Um pedaço pequenino de massinha azul que o menino corta em dois pedaços. O maior ele esfrega com as mãos fazendo algo semelhante a uma cobra e coloca a parte. Com o restante faz o mesmo. Coloca a maior na vertical e a menor, um pouco acima do centro, na horizontal, formando algo parecido a uma cruz. Está pronto o seu brinquedo que voa pelo espaço com auxílio de suas pequeninas mãos. E, o que achamos parecido com uma cruz, vira um fabuloso avião que atravessa o ar e pousa na imaginação de menino.
Com tinta amarela a menina desenha uma casa amarela de janelas vermelhas. Olha e percebe que falta algo. Pinta, então, sua casa com listras verdes, azuis, laranjas, rosas. Espera. Qual a cor da mobília? O sofá lilás, a estante roxa, o sinteco rosa com bolinhas gris. E entra com o vestido de festa da mãe e imagina seu quartinho de paredes brancas se transforma nesta casa. Coloca sua boneca, filha, naquela casinha pintada a guache, fabricada pela imaginação de menina.
O céu azul com nuvens branquinhas em formato, que minha mãe chamaria, de véu de noiva. O pôr-do-sol enche o céu de tons entre os alaranjados e amarelados. A brisa sopra meus cabelos, bagunçando-os, levando-os ao rosto. O mar à frente, ele todinho meu com a areia a perder de vista e eu, nada mais que um pontinho, junto à imensidão do oceano a frente. Lá no fundo uma névoa que toma forma aos poucos, o meu futuro. E por um relance me vejo, feliz. Sorrio. Imaginação?
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