terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Um educador optimista .

1- Recusa o perfeccionismo, mas sabe que pode sempre melhorar.

2 - Sabe que a forma como olha, interpreta e sente a realidade determina em muito essa mesma realidade. Vê o melhor e espera o melhor.

3 - É aquele que, em Portugal, vai contra a cultura do desânimo, do desalento e da crítica.

4 - Acredita que ‘o destino não está marcado'. Pode - e deve - transformar sonhos em realidades.

5 - Nunca se esquece que tem nas mãos uma parte central do seu próprio futuro e do futuro dos seus educandos.

6 - Sabe que um insucesso ou um erro não é um pecado, mas uma óptima experiência de aprendizagem. Anota, aprende e segue em frente.

7 - Está atento à construção da imagem positiva dos seus educandos, valorizando-os, aceitando as suas insuficiências e perdoando-os nas suas imperfeições.

8 - Sabe que os outros têm sempre razões para se comportarem como se comportam, e que mesmo nas pessoas mais difíceis é possível ver talentos.

9 - Gosta de si, aprecia-se e transmite entusiasmo aos outros.

10 - Sabe lidar de forma controlada com as emoções mais negativas que os seus educandos lhes provocam. Ouve mais do que fala, respeita mais do que impõe.


Como desenvolver a auto-estima, nas crianças

1 - Mesmo que tenha pouco tempo, quando estiver a ouvir, escute mesmo.

2 - Deixe-os expressar sentimentos, mesmo negativos. Evite o discurso: "Não se chora", "Isso não é nada", "Tem coragem".

3 - Quando apropriado, deixe que eles tomem as próprias decisões.

4 - Trate-os com cortesia. Respeite os seus espaços e possessões, diga‑lhes se faz favor e obrigado.

5 - Dê-lhes bastante encorajamento e afecto, mas na justa medida. Falsos louvores só levam a uma falsa percepção das capacidades. Valorize mais o esforço que fazem do que o rendimento que obtêm.

6 - Use a empatia. Quanto melhor entender as crianças e jovens, menos paciência precisará para lidar com eles, pois estará a perceber o seu ponto de vista. Ajude-o a desenvolver a empatia levando-o a partilhar sentimentos, bons e maus. Vá-lhe perguntando como se sente e se ele entende como os outros se sentem.

7 - Evite expressões como: "Tu deves, porque eu quero, não há discussão, vai imediatamente, cala-te." Ninguém gosta de ser mandado, tenha a idade que tiver.

8 - Partilhe com ele aquilo que você gosta, valoriza e ama. Dê-se mais.

9 - Seja entusiasta; positivo e alegre. Ensine-as que é bom exprimir os nossos sentimentos, que não faz mal estar nervoso ou zangado. 0 que se faz com essas emoções é que convém controlar, para não provocar sofrimento nos outros.

10 - Quando as crianças chegam a casa, e lhes perguntamos como correu o dia, tendem a responder com algum episódio negativo. Experimente perguntar-lhe: "Fala-me das coisas mais giras do teu dia."


Catarina Fonseca - JANEIRO 1 2000 • ACTIVA Nº 110 pp 106-109

Fonte: Helena Marujo, Luis Miguel Neto e Mª Fátima Perloiro - "Educar para o Optimismo" - Ed. Presença


2 comentários:

Anónimo disse...

É sempre bom termos textos destes ao pé de nós :) Há alturas de desânimo, de tristeza, de desalento, é impossível não haver, mas é preciso parar um pouco, reflectir, encher o peito de ar e ganharmos aquela força que nos faz mover o mundo! ;)

Dreamlu disse...

Ainda bem que gostaste do texto...e atenção...2007 é só optimismo ok? Beijocas com passas à mistura...;)