segunda-feira, 2 de janeiro de 2012



CONVULSÕES FEBRIS

"A convulsão febril é bastante comum na infância. Crianças pequenas (entre 3 meses e 5 anos) são as mais propensas a esse tipo de evento quando têm febre.
A convulsão é uma crise epiléptica ocasional. Não é portanto, sinônimo de epilepsia.
Qualquer fator que eleve a temperatura do corpo (tanto doenças quanto fatores ambientais) pode determinar uma convulsão.
A maior probabilidade de que aconteça uma convulsão febril é em meninos, com idade entre 6 e 36 meses, com pico de incidência aos 18 meses. A cada 5 casos de convulsão febril, 3 são meninos e 2 são meninas.
A duração da crise convulsiva costuma ser curta; normalmente não ultrapassa 5 minutos e raramente chega a 30 minutos.
As características principais são abalos musculares na face e membros superiores; a criança vira os olhos para cima, saliva e faz barulhos com a boca e a garganta.
Quase sempre a criança se recupera totalmente, sem qualquer seqüela. Infelizmente, não é o que acontece com os pais.
É bastante assustador ver um filho durante um episódio de crise convulsiva. A sensação de impotência é terrível, passam muitas dúvidas pela cabeça; a ansiedade é muito grande.
Neste momento, o melhor a fazer é tentar manter a calma. Deite a criança e ponha sua cabeça virada para o lado, para que não ocorra aspiração de saliva ou vômito; apoie a cabeça sobre as mãos ou algo que a proteja de possíveis machucados durante a crise. Não tente segurar a língua; não é preciso e pode causar ferimentos em quem puser os dedos na boca da criança durante a crise.
Faça compressas frias para baixar a febre e, assim que possível, leve a criança a um atendimento médico de emergência para que sejam tomadas todas as providências necessárias.
Existe o risco de recorrência da convulsão febril. Quando a primeira crise acontece antes dos 12 meses, a probabilidade é maior. A recorrência não significa que a criança virá a desenvolver uma epilepsia.
É importante verificar se a crise foi desencadeada simplesmente pela febre; pois doenças como a meningite podem causar convulsões, bem como alguns tipos de medicamentos empregados no tratamento de infecções.
Não há evidências, como já foi dito, que a convulsão febril deixe qualquer seqüela, incluindo distúrbios comportamentais ou rebaixamento intelectual."


Claudia Silveira, neuropsicóloga

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